Passagens em nível em Congonhas são as primeiras na MRS a receber contadores de eixos
- MRS Logística
- 14 de ago. de 2016
- 2 min de leitura
Dispositivo instalado no local tem o objetivo de garantir a segurança ferroviária e minimizar os impactos para a comunidade do Pires

Você sabe como a proteção ativa automática (campainhas, sinaleiros luminosos e cancelas) de uma passagem em nível (PN) é acionada? Até hoje, a tecnologia de detecção dos trens majoritariamente utilizada na malha MRS é o chamado circuito de via.
“Este sistema, circuito de via, que usamos em toda a linha férrea sob nossa concessão, consiste em um circuito elétrico instalado nos trilhos que serve para sabermos se existem trens em um determinado trecho. Assim, quando o trem entra neste trecho, denominado aproximação da PN, a proteção ativa da travessia é acionada. Após a passagem do trem pela PN as campainhas, sinaleiros e cancelas são desligados, voltando tudo ao normal”, explica um dos especialistas em eletroeletrônica da MRS, Luís Renato Azevedo.
Fato é que, em contato com a comunidade do bairro Pires, em Congonhas, profissionais da MRS perceberam que outra tecnologia, ainda não implantada em nossa malha, poderia resolver algumas das demandas das pessoas da região e, ao mesmo tempo, melhorar as condições de duas passagens em nível. Elas estão localizadas nas ruas Alfredo Paschoal e Cecília Victor e agora contam com a sinalização ativa (sinais sonoros e luminosos).
“A inovação neste projeto está no fato da detecção dos trens ser feita através de sensores de roda associados a contadores de eixos. É uma tecnologia amplamente utilizada nas mais modernas ferrovias do mundo. Ela funciona da seguinte forma: instalamos, próximo aos trilhos e à PN, sensores que detectam a passagem das rodas da composição, a partir daí, os dispositivos sonoros e luminosos da PN são acionados. Quando o contador de eixos detecta a passagem do último vagão do trem, ele desativa a sinalização e tudo volta ao normal”, conta Azevedo.
Sensor de roda

Cada PN é um caso a ser estudado e a tecnologia a ser empregada dependerá de vários fatores como localização (próxima a um pátio ou região de manobra), tipo de sinalização ferroviária no local e outras variáveis.
“Para as PN’s do Pires, a utilização da tecnologia contador de eixos se mostrou mais vantajosa por vários motivos: não interferência com a sinalização ferroviária existente, ou seja, não há necessidade de intervalos operacionais para testes e para instalação de juntas isoladas, equipamento com baixo lead time (tempo que um fornecedor demora para entregar equipamentos), baixa exigência de manutenção e custo inferior”, finaliza.
O projeto, que saiu do papel em março deste ano, foi um marco no desenvolvimento de novas alternativas para a sinalização automática de PNs com custos e prazos menores, mas mantendo-se sempre o princípio de falha segura que este tipo de atividade exige. Isto significa dizer que, caso alguns dos equipamentos falhem por qualquer motivo, a sinalização é acionada, para garantir a segurança ferroviária e rodoviária.
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