VLI - Parceria faz crescer em 400% transporte de calcário por ferrovia
- Notícias Ferroviárias
- 8 de ago. de 2016
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O transporte de calcário via trem pela VLI, empresa de soluções logísticas que integram ferrovias, terminais e portos, aumentou 398,3% nos últimos cinco anos, na rota de escoamento para Vitória, após a adoção de contêineres no lugar de vagões-gôndola, onde o produto fica armazenado durante a viagem.
A saída foi desenvolvida pela empresa em parceria com a Multitex e a ArcelorMittal Tubarão, para atender demanda da produtora de aço via Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), no fluxo Belo Horizonte-Vitória, em 2010. Naquele ano, foram transportadas 96 mil toneladas de calcário.
Apesar de o modal ferroviário ser tradicionalmente mais eficiente e vantajoso que o rodoviário, até 2010 a maior parte do produto seguia por caminhões até o a capital capixaba. Isso porque, por trem, o calcário era levado em vagões-gôndola, que são abertos e poderiam expor o produto ao ambiente e comprometer sua qualidade durante o percurso.
Com a solução dos contêineres no lugar dos vagões-gôndola, o volume transportado pela VLI para a ArcelorMittal Tubarão nos anos seguintes aumentou. O sucesso da operação estimulou a criação de um novo fluxo em 2015, saindo da região de Arcos, no centro-sul mineiro, também com destino à Vitória, dessa vez para o transporte de cal.
Apenas no ano passado, com os dois fluxos, foram conduzidas por ferrovia 478,3 mil toneladas de calcário e cal, quase 400% a mais que no primeiro ano de implantação dos contêineres, que tampados, proporcionam mais segurança e qualidade no deslocamento dos produtos.
“Com essa solução que desenvolvemos, acreditamos que, em breve, novas parcerias serão firmadas. As vantagens do transporte ferroviário desses produtos com contêineres são grandes, em função da confiabilidade, custo-benefício e segurança”, acrescenta o gerente comercial da VLI, Juliano Silva.
Além de mais vantajoso para a ArcelorMittal Tubarão, a adoção de contêineres pela VLI no transporte ferroviário de calcário e cal teve por consequência a diminuição de caminhões nas estradas.
“Esse modal tem permitido atender com eficiência a grandes distâncias, visto que as fontes de calcário ficam, em média, a mais de 500 km da unidade, em Tubarão, além de trazer menos impacto para as rodovias brasileiras”, explica o gerente de logística da ArcelorMittal Tubarão Lucas Carvalho.
Apenas no período entre março de 2015 a março de 2016, com os dois fluxos de escoamento para Vitória, cerca de 21.600 caminhões (1.800 por mês) deixaram de circular nas rodovias brasileiras. Este número pode chegar a 2.200 caminhões por mês até o final deste ano, o que representa estradas mais conservadas, menor impacto ambiental e ganho de competitividade à economia.
Fonte: Burson-Marsteller // ABIFER
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