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A sempre lembrada revitalização dos trens

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    Notícias Ferroviárias
  • 26 de jul. de 2016
  • 2 min de leitura

Desde 2011, 78 composições antigas, algumas com mais de 50 anos de uso, foram aposentadas. A idade média da frota caiu de 35 para 16 anos


Rodrigo Vieira || Jornal O Globo


O editorial “Recuperação dos trens é deixada de lado na Olimpíada”, publicado na edição de sábado passado do GLOBO, me causou surpresa. Inicialmente, é preciso deixar claro que os investimentos em transporte de alta capacidade são desenvolvidos de forma sistêmica e integrada. Portanto, é absolutamente equivocado pensar que investimentos na ampliação da rede metroviária são menos importantes ou menos urgentes do que aqueles feitos na rede ferroviária.


Mais equivocado ainda é desconhecer que o sistema ferroviário do Rio de Janeiro já não opera mais com grade de horários e, sim, com intervalos, e adota sistemas de sinalização e comunicação de padrão internacional, praticados por metrôs mundialmente reconhecidos por sua qualidade, como os de Madri e Londres.


Antes mesmo das seis estações ferroviárias reformadas a tempo da realização da Olimpíada, outras 16 já haviam passado por transformação semelhante, em diversos ramais, sempre selecionados pelo critério de maior demanda, ou seja, maior número de passageiros atendidos.


Em 16 de junho passado, como divulgado pela imprensa, entregamos à população o centésimo trem chinês adquirido pelo governo do Estado do Rio. No total, desde 2009, foram adquiridos 120 novos trens e reformados 34, o que garante 96% das viagens com ar-condicionado, uma oferta de 2,1 milhões de lugares nas 1.100 viagens diárias — que representam 24 mil carros de passeio a menos nas ruas. Atualmente, todos os dias 700 mil pessoas são transportadas pelo sistema, enquanto que em 2006 eram apenas 387 mil usuários.


Os trens contam com ar-condicionado, painéis de LED, bagageiros, dispositivos para comunicação de emergência, detector de descarrilamento e freio de emergência, monitores de LCD e painéis eletrônicos indicativos de próxima estação e lado do desembarque, além de câmeras internas e externas e sistema de comunicação com o centro de controle operacional da concessionária. Isso sem falar da instalação de mais 300 mil dormentes de concreto, 500 mil metros de cabos de eletrificação e 600 mil metros de cabos de sinalização para melhoria da qualidade do serviço.


Com a modernização do sistema, os trens mais antigos têm saído de circulação. Desde 2011, 78 composições antigas, algumas com mais de 50 anos de uso, foram aposentadas. A idade média da frota caiu de 35 para 16 anos, graças às maiores compras recentes de trens já feitas na história do Rio.


Os investimentos no sistema ferroviário não param por aí. No ano passado, demos início a um processo de aquisição de mais 12 novos trens. A previsão de entrega é o primeiro semestre de 2018. Além disso, mais estações serão reformadas. O processo de melhoria é contínuo.


Enfim, afirmar que o sistema ferroviário fluminense está esquecido ou em segundo plano é desconhecer a transformação pelo qual o transporte do Rio de Janeiro vem passando. Que venham os Jogos para que, ao lado dos atletas, os sistemas ferroviário e metroviário atinjam o alto do pódio na avaliação de cariocas e turistas, e quem sabe, daqueles que se aventuram a comentá-los.


Rodrigo Vieira é secretário estadual de Transportes

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