top of page

Frente Parlamentar em prol do Transporte Metroferroviário aprova regimento e grupos de trabalho

Governo quer vender vagões do VLT e terminar apenas parte da obra em Cuiabá

  • Foto do escritor: Notícias Ferroviárias
    Notícias Ferroviárias
  • 16 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

A obra, orçada em R$ 1,477 bilhão, já consumiu R$1,66 bilhão, dos quais R$ 700 milhões foram usados na compra de 40 vagões que estão abandonados no pátio do aeroporto


O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (16) que há a possibilidade de apenas um trecho do VLT ser finalizado. O modal faria uma linha reta, partindo do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, até o Comando Geral da Polícia Militar, na Avenida do CPA.


A obra, orçada em R$ 1,477 bilhão, já consumiu R$1,66 bilhão, dos quais R$ 700 milhões foram usados na compra de 40 vagões que estão abandonados no pátio do aeroporto. Iniciada em 2012, a obra se encontra parada desde 2014 e teve apenas 16% concluída pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O ex-gestor está preso há nove meses por corrupção.


“Alguns defendem que o VLT possa ter ‘uma perna’, digamos assim, e isso está sendo tratado. Mas a obra anda muito mal, diga-se de passagem. Precisamos terminar o VLT, mas o consórcio pediu mais R$ 800 milhões para terminar a obra. Imagine! Se Mato Grosso tivesse esse dinheiro nós não iriamos investir tudo no VLT porque temos outras prioridades, mas precisamos terminar”, disse Taques.


Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o governador disse que a KPMG Consultoria fez ampla auditoria no projeto e execução da obra do VLT. Além disso, a empresa levantou valores gastos na obra, a forma como o dinheiro foi usado, o modelo de operação e a tarifa.


Segundo ele, foram constatados absurdos, e os responsáveis por trazerem a Copa do Mundo para Cuiabá e o VLT para Mato Grosso devem ser punidos com prisão. No entanto, o maior articulador para incluir Cuiabá no roteiro da Copa foi o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), aliado político de Taques, que na época era senador. Maggi foi governador do Estado por dois mandatos.


“Eles descobriram coisas absurdas. Compraram 40 vagões, e nós precisaremos desses 40 vagões daqui 30 anos. Portanto, podemos vender 10 vagões, e cada um custa R$ 15 milhões. Foram R$ 150 milhões em vagões comprados de forma errada. Estão ai, parados”.


“Eu fui o único senador que criticou isso. Conversei com Silval, Crea, fiscalizei e debati. Onde os órgãos estavam? Onde a imprensa estava? e o cidadão? O VLT foi uma grande irresponsabilidade da gestão passada, mas nós vamos terminar a obra do VLT. Espero que aqueles que cometeram esta irresponsabilidade sejam presos. Alguns já estão presos pelo prejuízo que trouxeram a cidade de Cuiabá e VG e ao Estado”, afirmou ele.


O Governo do Estado tem R$ 200 milhões em operações de crédito aprovada, e busca R$ 600 milhões no Ministério das Cidades, em Brasília. Para readequação viária da Avenida da Feb, o Estado liberou R$ 2 milhões à Prefeitura de Várzea Grande. Em Cuiabá, são R$ 10 milhões para recuperar a Avenida da Prainha, XV de novembro, Avenida do CPA e Fernando Corrêa.


Por Ana Adélia Jácomo || O Documento

 
 
 

Comments


  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon
bottom of page