Estado avalia integrar VLT e Barcas na Baixada Santista
- Notícias Ferroviárias
- 8 de mai. de 2016
- 3 min de leitura
Chefe da pasta disse que irá chamar a Dersa para conversa sobre possibilidade de integração

Gustavo T. de Miranda || A Tribuna
A Secretaria de Transportes Metropolitanos, pasta responsável pelas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) da Baixada Santista, pretende chamar a Dersa para negociar uma maneira de conceder a integração de passagens do novo modal aos usuários das barcas de travessia entre Santos e Guarujá.
A informação foi confirmada nessa sexta-feira (6) pelo chefe da pasta, o secretário Clodoaldo Pelissioni, durante apresentação do cronograma de obras e do traçado final da segunda etapa do VLT em Santos. O encontro aconteceu no Museu Pelé e reuniu políticos e lideranças do Município.
Pelissioni não sabe em que modelo funcionaria essa integração. “Eu vou conversar com o Dersa”, afirmou. A operação do novo modal será fiscalizada pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). O diretor-presidente da estatal, Joaquim Lopes, diz que “o sonho de todo transporteiro é poder viajar para todo lugar com um único cartão. Tem que discutir o protocolo e estender para a barca uma catraca dessas, que converse com o nosso sistema”.
Na reunião dessa sexta, Lopes apresentou o traçado que já estava definido. A linha Conselheiro Nébias/Valongo começa com as estações ao longo da Rua Campos Mello, que são Xavier Pinheiro, Universidades I e Mercado. Depois, segue pela João Pessoa, com as paradas Paquetá, Poupatempo, Mauá até a Rua São Bento, onde estará a estação de mesmo nome.
Na Rua Visconde de São Leopoldo estará a estação Valongo. Depois, a linha entra na Amador Bueno, onde está planejada a estação José Bonifácio. Segue pela Rua da Constituição, onde estão as paradas Bittencourt, Rangel Pestana e Universidades II.
Segue pela Rua Luís de Camões, onde estará a estação Carvalho de Mendonça, saindo na Avenida Conselheiro Nébias, onde funcionará a estação Tamandaré, já próximo do entroncamento com a Avenida Francisco Glicério, onde o veículo, posteriormente, continua viagem até São Vicente.
Na Conselheiro Nébias, o traçado do VLT segue ao lado do canteiro central, no sentido Centro/Praia. Com isso, os trechos onde ainda se permite estacionar serão extintos, garantindo as duas faixas de rolagem para veículos naquele sentido.
A circulação dos veículos deverá ser alterada nessas vias, quando as obras estiverem concluídas. No geral, todas elas deverão perder ao menos uma faixa de rolagem de veículos.
A exceção é a Rua da Constituição, onde havia espaço para três faixas de veículos, com a linha de VLT, sobrará espaço para apenas uma. Mais adiante, nas proximidades do Campus Dom Idílio da Universidade Católica de Santos. Na Rua João Pessoa, três faixas serão destinadas à circulação de veículos e o VLT circula no espaço da atual quarta faixa.
Preço
A expectativa da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) é iniciar, em junho, a “integração voluntária” dos passageiros que usem ônibus metropolitanos e queiram complementar seu itinerário no VLT. O preço deste bilhete ainda segue indefinido.
Segundo o diretor-presidente da EMTU, Joaquim Lopes, das 55 linhas do sistema metropolitano. 37 passam até 400 metros de distância do modal. Em junho começa a vigência do contrato novo do consórcio BR Mobilidade. Todo o sistema de bilhetagem já está implantado nos ônibus. O cartão passa nos ônibus e no VLT.
“O cidadão que está vindo de uma linha que custe, por exemplo, R$ 5,10, se quiser, fará a integração, a partir de junho, ingressando sem pagar mais nada. Na volta, ele toma o VLT e paga aqui a tarifa de integração. Dependendo, ele paga apenas a diferença entre a tarifa do VLT e a de ônibus”, acrescenta Lopes.
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