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MRS aposta em contêineres e projeta aumento em operações

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    Notícias Ferroviárias
  • 25 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Apenas no 1º trimestre, concessionária teve alta de 60% no transporte de cargas entre Santos e o interior do País


Fernanda Balbino || A Tribuna


Uma das concessionárias ferroviárias que atendem o Porto de Santos, a operadora MRS Logística alcançou a marca de 67 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados no ano passado. O volume é 31,4% maior do que o registrado em 2014. E deste total, 57 mil TEU, cerca de 85%, tiveram como origem ou destino o cais santista.


De acordo com a empresa, especificamente na rota que liga Santos e Campinas (SP), houve um crescimento de 79% no volume total transportado no ano passado. Foram 27,5 mil TEU, contra 15,3 mil TEU em 2014.


A tendência de crescimento verificada em 2015 deve continuar este ano, especialmente em suas atividades no Porto, segundo a concessionária. Apenas no primeiro trimestre, a companhia teve uma alta de 60% no transporte de cargas entre o interior do País e o cais santista, o que a leva a projetar uma ampliação de dois dígitos na participação ferroviária nas operações do complexo.

Serviços customizados, prospecção de novos clientes e intermodalidade impulsionaram atividades da MRS


Para o gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS, Guilherme Alvisi, a criação de uma grade fixa para a saída de trens da Baixada Santista e a prospecção de novos clientes foram os principais motivos do aumento da movimentação de cargas pela companhia, “O grande diferencial para que a MRS atingisse o bom resultado do ano passado foram as grades fixas, com horários fixos de partidas e chegadas. A gente formatou um serviço para contêiner, que é uma carga que exige esse tipo de atendimento. Não necessariamente vai ter o horário que o cliente quer, mas ele vai poder se programar. Mais do que rapidez, os clientes querem garantia de atendimento, que os prazos sejam cumpridos. Eles preferem previsibilidade”, explicou o executivo.


A saída de trens em horários fixos foi implantada em 2014 e, gradativamente, a operadora aumentou o número de linhas que atuam nesse sistema. No começo, da Baixada Santista para Sumaré, no Interior do Estado, havia dois serviços semanais. Hoje, são dez. Já para o Vale do Paraíba, no leste paulista, são seis saídas por semana.


Além deste fator, Alvisi destaca a prospecção de novos negócios como fator essencial para o aumento das operações. Segundo ele, no ano passado, a MRS conquistou 34 novos clientes, que nunca tinham trabalhado com ferrovia. Peças plásticas, componentes automotivos, produtos industrializados e até sucata passaram a ser transportados em vagões.


“A crise ajudou porque, em um cenário desses, as pessoas se abrem para ouvir propostas diferenciadas. O empresário busca oportunidades e sai do lugar comum. Topa estudar uma solução mais complexa, desde que reduza custos”.


2016

No mês passado, com a retomada das operações da Hidrovia Tietê-Paraná (que ficou 20 meses inoperante devido à estiagem, que diminuiu a profundidade das vias navegáveis), a MRS registrou um aumento na movimentação de cargas. De acordo com o gerente da companhia, 80 mil toneladas de soja e milho utilizaram a intermodalidade entre trens e barcaças para chegar ao Porto de Santos.


“Enquanto a hidrovia estava seca, quando ficamos 18 meses sem ela, nós tentamos diversificar as cargas, buscamos novos terminais de agrícolas e, com o retorno, a gente agregou valor”, explicou.


Este volume ajudou a impulsionar o aumento de 60% na movimentação de cargas pelos trilhos no primeiro trimestre. Para este ano, a empresa garante ter propostas de investimentos e mudanças operacionais que não podem ser reveladas.


Além disso, a concessionária também aposta em parcerias com operadores portuários, a fim de aumentar o transporte de cargas por cabotagem. “Vamos tentar trazer cargas de cabotagem de Manaus, do Nordeste. Vamos tentar parcerias fortes. Ferrovia sem confiança não é nada”, destaca o gerente geral de Negócios para Carga Geral da MRS, Guilherme Alvisi.


A previsibilidade das operações e a não incidência de roubos ou furtos de produtos durante o trajeto são fatores que podem atrair os clientes de cabotagem, segundo Alvisi. Atualmente, a empresa negocia com fabricantes de brinquedos e de outros produtos com maior valor agregado, como nióbio, elemento químico utilizado principalmente em ligas ferrosas. “Quando você está em um mercado aquecido, a tendência é esperar a carga cair no colo porque ela vinha e a venda era mais reativa, passiva. Agora, a ordem é ir para a rua e buscar novos clientes”, conclui o executivo.

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