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Prefeitura do Rio lança campanha educativa para o período de testes do VLT

  • Monitor Mercantil
  • 11 de mar. de 2016
  • 4 min de leitura

A Prefeitura do Rio lança nesta segunda-feira a campanha educativa “Olho no VLT”, com foco na atenção visual dos pedestres e motoristas. O objetivo é alertar a população e evitar acidentes, pois os trens do Veículo Leve sobre Trilhos são silenciosos e vão circular por áreas com grande fluxo de pessoas e carros. A campanha ocupará ruas, mídias sociais, mídia mobile e rádios, alertando quem circula pela região para a presença do VLT. Vinte e cinco placas instaladas em regiões de grande movimento ao longo dos 28 km do traçado trarão mensagens para que motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas fiquem atentos. A escolha dos locais tem origem em estudo que apontou as principais áreas de atenção, como cruzamentos e praças com grande circulação. Agentes educativos distribuirão 150.000 folhetos sobre a operação.


Desde outubro os trens já fazem testes noturnos pela Região Portuária – na área do Santo Cristo, Gamboa e Saúde – e desde 28 de fevereiro o trânsito das composições avançou pela Avenida Rio Branco, marcando o início da convivência entre pedestres e motoristas com o modal. Os testes vão se tornar rotina na preparação para operação plena da primeira etapa, a ligação Rodoviária-Aeroporto em 18 paradas, programada para abril.


Os usuários do novo modal de transporte da cidade precisarão se acostumar ainda com o sistema pioneiro da forma de pagamento, sem catracas ou cobradores. No VLT, o próprio passageiro validará o seu bilhete nas máquinas situadas no interior do trem. O sistema utilizará Bilhete Único e bilhetes unitários adquiridos nos terminais de autoatendimento (ATM) instalados nas paradas e nos postos de venda do RioCard. O passageiro que não validar a passagem estará sujeito a multa no valor de R$170. A penalidade será dada por agentes de fiscalização que estarão nas paradas e estações. O valor da passagem será de R$3,80.


– Esse modal é uma grande novidade para a população carioca e para o Centro do Rio. Teremos uma fiscalização presente para auxiliar o cidadão, a população precisa conhecer os impactos da não validação do bilhete. Essa campanha é para gerar a conscientização da população para não implicar em perda de capacidade do VLT. Acredito que os cariocas vão colaborar e ajudar nessa operação, que vai trazer uma grande transformação para a cidade – explicou o secretário municipal de Transportes, Rafael Picciani.


Ações corpo a corpo chamando atenção dos pedestres distraídos de forma bem-humorada serão documentadas para postagem nas redes sociais. Flash mobs – aglomeração de pessoas para ação inusitada previamente combinada – com repercussão online também farão parte da campanha nas ruas. A hashtag #olhonovlt estará presente nas ações online. O aplicativo de localização Waze emitirá alerta aos motoristas com aviso sonoro quando o veículo chegar perto dos trilhos do VLT. As cinco principais rádios cariocas vão veicular, em spots diários, os jingles “Olho no VLT” que destacam a característica silenciosa do veículo.


Moradores de áreas no entorno do trajeto (Santo Cristo, Gamboa e Saúde) e frequentadores da Rodoviária Novo Rio são alvo da iniciativa “Primeiro Olhar no VLT”, que distribui folhetos produzidos especificamente para esse público. A população da vizinhança participará de viagens guiadas nos trens, com informações de segurança e uso.


O programa “Olhinhos no VLT” levará crianças de escolas para visitação com todas as orientações de segurança. O objetivo é que elas se tornem propagadoras dessas informações para os parentes e amigos. Outra iniciativa voltada a público específico é “Olhar acessível no VLT”, para pessoas com deficiência, principalmente visual.


O presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Alberto Silva, falou da importância do VLT no resgaste da história da cidade e como forma de integração:

– Tivemos uma preocupação urbanística muito grande. O VLT trafega sobre ruas onde temos muitos patrimônios históricos. Estamos resgatando histórias e apontando para o futuro sobre uma cidade mais integrada. O VLT valoriza o Centro do Rio, que estava abandonado, e atrai mais gente para conhecer e visitar a região.


Quem também tem de estar de olho no VLT são os 130 profissionais responsáveis em conduzir os trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O treinamento dos condutores conta com o auxílio de um simulador que reproduz situações típicas da operação. Até o momento, 28 condutores já utilizaram o equipamento e passaram por capacitação na França. A nova turma, de 40 profissionais, ainda nas aulas teóricas, logo passará à próxima fase, com aulas no simulador.


Fornecido pela empresa espanhola Citef (Centro de Investigación en Tecnologías Ferroviarias), o simulador replica todo o trajeto do primeiro trecho a ser percorrido pelo VLT, da Rodoviária Novo Rio ao Aeroporto Santos Dumont, passando pelo Centro Integrado de Operação e Manutenção (Ciom), na Gamboa, e pelo Túnel da Providência. Transposição de cruzamentos, atenção à sinalização viária, parada em plataformas e controle de velocidade são comandos testados durante o percurso.


Um dos selecionados para conduzir o VLT pelo Centro é Rogério Studart Pereira, 62 anos, que estava aposentado há 2 anos, depois de 35 anos atuando na área de controle do Metrô Rio. Bastante envolvido no novo projeto, Rogério está muito entusiasmado em operar o mais novo modal integrador da cidade:


– Integrar essa equipe me dá a oportunidade de trazer toda a experiência que tive no metrô e me sinto muito útil por isso. Nosso treinamento foi puxado. Não fomos à França fazer turismo. Foi um mês de treinamento onde tivemos a oportunidade de conduzir o trem na prática, andando na cidade e sentindo o impacto e a sinergia das pessoas. Aqui, vamos passar por um processo de mudança cultural, mas acredito que teremos boa perspectiva de integração com o público.


Os condutores da Concessionária do VLT Carioca, contratada pela Prefeitura do Rio para implantar e operar o sistema no Centro e região do Porto Maravilha, também são examinados quanto à reação em situações de emergência. Interferências de pessoas ou objetos nos trilhos, sinalização fora de funcionamento ou mesmo percepção de avaria no trem surgem no ambiente virtual como na vida real. O software permite ainda a visualização das laterais dos trens por meio do sistema de retro visão, permitindo a reprodução da abertura e fechamento de portas para embarque/desembarque de passageiros. Em todos os casos, são repassados procedimentos de forma teórica para depois reproduzir a situação prática.


O sistema simula ainda comunicação com o Centro de Controle Operacional (CCO), que acompanha o status do exercício e mantém contato com o condutor durante todo o tempo. As atividades do treinamento são acompanhadas em duas telas projetadas, permitindo que outros participantes observem pontos de atenção na condução durante as aulas.

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