Procurador alemão fala de erro humano no acidente de comboios
- Económico
- 17 de fev. de 2016
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Sinistro causou 11 vítimas mortais em Bad Aibling, na Baviera, há uma semana. Se for condenado, o funcionário em causa pode cumprir cinco anos de prisão.

O procurador alemão Wolfgang Giese admitiu a existência de "erro humano" e também que foi aberto um processo contra um funcionário devido a alegado crime de homicídio por negligência, ofensas corporais e interferência no tráfego a propósito do acidente de comboios registado há uma semana, em Bad Aibling, na Baviera, o qual causou 11 vítimas mortais e mais de 80 feridos. Caso seja condenado, o funcionário em questão arrisca-se a cumprir pena de prisão durante cinco anos. "Se o referido funcionário tivesse agido de acordo com as regras, o acidente não se registava", defendeu Giese, sem revelar a identidade do indivíduo de 39 anos que prestou declarações aos agentes da autoridade na presença do seu advogado. Giese reconheceu que o controlador em causa, cujo trabalho envolve a segurança dos comboios e o envio de mensagens às composições em circulação, terá informado mal os maquinistas. Apercebendo-se do lapso, o controlador ainda realizou chamadas de urgência, mas era demasiado tarde para impedir o acidente. Tendo sido afastado qualquer erro técnico pelos investigadores, estes decidiram realizar uma reconstituição para testar a sua teoria quanto ao sucedido. Segundo a imprensa alemã, um outro procurador, Jürgen Branz, referiu que não foram encontrados quaisquer elementos que confirmassem a ideia de que o controlador pudesse estar sob influência de álcool. "Nesta situação particular, aquilo que temos, de momento, é a existência de um terrível erro", resumiu. No próprio dia do acidente, os dados iniciais noticiados pela imprensa alemã já apontavam no sentido de ter existido falha humana para a origem do acidente.
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