Nos trilhos da vida
- Notícias Ferroviárias
- 31 de jan. de 2016
- 3 min de leitura
Por Dilson Fonseca | Correio de Corumba

As pesquisadora Bibiana Garrido, Keytyane Medeiros e Maria Esther Castdo, publicaram no Jornalismo Esecializado da UNESP, dvulgaram um amplo material que fala sobre a ferrovia no Brasil e vai de encontro com tudo aquilo que estamos divulgando ao longo desses anos na nossa coluna Nos Trilhos da Vida. No Brasil são mais de 20 mil quilômetros de malha ferroviária espalhada, atualmente em mãos de empresas privadas por meio de concessão do Estado, diga-se de passagem entregue no Governo do Sociólogo Fernando Henrique Cardoso. Mas ainda exitem aproximadamente 8 mil quilômetros de um total de 30.129km de linhas de trem estão em poder público. Depois de todo esse processo de entrega do patrimônio publico as empresas privadas, o que se verificou um esquecimento e a não preservação das ferrovias. O ex-chefe de trem Alcides Correia que trabalhou na estação da luz em São Paulo, na central do Brasil, em Campo Grande, no trecho que ligava à cidade de Corumbá, se aposentou e depois viu as atividades ferroviárias da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil chegaram ao fim. Ele menciona que em Corumbá os trens iam lotados para Campo Grande. A América Latina Logistica (ALL) é a maior controladora das linhas férreas brasileiras, seguida pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), do Grupo Vale e pela Transnordestina Logística (TSLA) No Mato Grosso do Sul o último desligamento aconteceu na cidade de Três Lagoas (MS), com a demissão de mais de 200 trabalhadores só nesse desligamento. Desde o final dos anos 1990, quando as ferrovias passaram pela privatização, os investimentos e ampliação da malha ferroviária foram insuficientes. De acordo com o Ipea (Instituto de Pesquisa e Estudos Avançados), não houve estimulo por parte das próprias concessionárias, o que tembám não influenciou uma concorrência entre elas mesmas. A ampliação das malhas ocorreu por meio de um "canibalismo" na maioria dos casos. Ou seja, não há uma ampliação verdadeira nem investimentos. Em um país como o Brasil o transporte por meio dos trilhos seria a logistica mais vantajosa em relação ao custo-beneficios, apesar que a construção de uma rodovia serem menores que um ferrovia, manter a malha ferroviária custa bem menos. O próprio Ipea afirma que em uma pesquisa realizada com vários empresários dos mais diferentes setores eles afirmaram que usariam o sistema ferroviário se existissem rotas disponiveis. O Brasil é um dos países que não prioriza a malha ferroviária, os Estados Unidos tem uma malha sete vezes maior que a nossa. E países menores, como França e Alemanha, também tem uma malha mais desenvolvida. Estudos feitos na época transportar mil toneladas de carga em uma malha ferroviária custaria R$ 43 reais por quilômetro, enquanto pela rodovia o custo seria de R$ 259 reais. SEIS VEZES MAIS CARO. Agora pergunto o que seria mas adequado? Ferrovia ou Rodovia? Corumbá à Agente Inocêncio e Museu da ferrovia Mais uma vez vamos falar sobre a necessidade de se olhar de uma forma mais contundente na revitalização da ferrovia. Sabemos que voltar como era antes não será possivel. Mas é preciso pelo menos pensar em um rota que faria a volta do verdadeiro trem do pantanal. É preciso começar. Seria a implantação de um trem que sairia daqui sabado pela manhã e iria até a estação de Agente Inocêncio e Porto Esperança. La ja teria hotel e restuarante. Esse mesmo trem retornaria no domingo a tarde, isso poderia ser feito inicialmente uma vez por mês e depois com certeza aumentando o fluxo de pessoas seriam implantados novos dias para esse trem. E no segundo momento esse mesmo trem iria até a cidade de Miranda. Mas isso só será possivel se fazer um amplo investimento na recuperação da malha ferroviária que de segurança para todos. Outro aspecto importante é a necessidade de se implantar como tem em Bauru-SP, o Museu da ferrovia, onde faria uma viagem na História da ferrovia tudo aquilo que tivemos, no auge a decadência. Pois tenho absoluta certeza que muitos materiais da época da ferrovia estão se perdendo por ai, até nas mãos de velhos ferroviários que não tem onde colocar, mantem sobre o seu dominio. Vamos continuar batendo nessa tecla, porque não usar a estação velha como o local para o museu? Pois o que vemos hoje é a destruição quase total de todo esse patrimonio, atualmente as tellhas foram retiradas da estação velha, como isso aconteceu? Ninguém viu? Quem foi esse ninja que fez isso? Pois um dia a estação velha tinha telha e já outro as telhas sumiram.
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