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Metrô rompe contrato com empresas e obra da Linha 17 é suspensa em SP

  • Do G1 São Paulo
  • 18 de jan. de 2016
  • 3 min de leitura

Segundo a companhia, canteiros estão abandonados. Andrade Gutierrez e CR Almeida não retornaram até publicação.

Obras da linha 17-Ouro, perto do aeroporto (Foto: Nelson Antoine/Framephoto/Estadão Conteúdo)


O Metrô de São Paulo rescindiu contratos com os consórcios responsáveis pela obra da Linha 17-Ouro (monotrilho), informou a companhia nesta segunda-feira (18). Segundo a assessoria do órgão, os canteiros estão abandonados. As multas previstas podem passar de R$ 100 milhões. Procurada, as assessorias das empresas Andrade Gutierrez e CR Almeida, que formavam os consórcios Monotrilho Pátio e Monotrilho Estações, não responderam os questionamentos do G1 até a publicação desta reportagem. Em nota, o Metrô disse que notificou várias vezes as empresas para retomarem os trabalhos. “Desde o final do ano passado, o consórcio desacelerou o ritmo das obras e não vinha cumprindo os prazos estabelecidos. O Metrô realizou vistorias que indicaram o abandono das obras do monotrilho da Linha 17-Ouro”, disse. “O Metrô informa também que vai procurar o segundo colocado das licitações para verificar o interesse em assumirem as obras da Linha 17.” A decisão é semelhante à tomada pelo governo quanto as obras de expansão da Linha 4-Amarela. Em fevereiro de 2015, o Metrô rompeu os contratos com o consórcio espanhol Isolux Corsán-Corviam de forma unilateral, alegando que não foram atendidas cláusulas contratuais. O consórcio foi contratado em 2012 por R$ 1,8 bilhão para construir as estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, além de um pátio de manobras e um terminal de ônibus na Vila Sônia. Pouco do serviço contratado, porém, foi entregue. Extremos Inicialmente, o monotrilho da Linha 17-Ouro previa atender extremos da cidade, como a ligação entre o Aeroporto de Congonhas e a Estação Jabaquara, ou o trecho até a futura estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela do Metrô. Em agosto do ano passado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) já tinha mandado congelar 17 das 36 estações inicialmente previstas da linha na Zona Sul da capital. À época, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que a prioridade era “concluir os trechos que já possuem obras avançadas antes de abrir novas frentes de trabalho”. A linha foi anunciada quando ainda se discutia o uso do Estádio do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014. Ela chegou a ser prometida para 2013 e, depois, passou para 2017 (e com extensão menor que a prevista). Agora não há mais previsão de conclusão. Canteiro abandonado O monotrilho que está sendo construído há três anos na Avenida Jornalista Roberto Marinho, na Zona Sul, virou abrigo para moradores de rua e, em alguns trechos, para usuários de drogas. Em dezembro de 2015, o G1 publicou reportagem que mostra que a área se parece cada vez mais ao degradado Minhocão, na região central de São Paulo. O espaço virou também um depósito de lixo e entulho. Entre roupas e pedaços de obras, é possível encontrar também pneus cheios de água, um ambiente favorável para a reprodução do mosquito que transmite a dengue.

Obras do monotrilho paradas na Av. Jornalista Roberto Marinho (Foto: Karina Godoy)

Debaixo dos pilares e das futuras estações, os sem-teto montaram coberturas de papelão para dormir. Sob o monotrilho, os novos moradores vivem livres da chuva entre as duas pistas da Avenida Roberto Marinho e do Córrego Água Espraiada. Um dos moradores afirma que está ali há um ano e que não quer sair. “É o que temos hoje. Estamos abandonados aqui. Mas melhor assim, porque prefeitura só aparece se for para tirar a gente”, afirmou ele, que pediu para não ser identificado com medo de ter de deixar o local.


Usuários de drogas ficam dentro do canteiro central, embaixo do monotrilho (Foto: Márcio Pinho/G1)




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