Indústria assina manifesto contra elevação do imposto sobre importação de aço

Um manifesto assinado por quatorze associações e sindicatos da indústria de transformação nacional apontam para uma tentativa do setor metalúrgico de manipular os preços do aço vendido no país. Os signatários relatam a campanha empreendida pelos empresários do setor metalúrgico, anunciando uma invasão de aços importados no mercado interno e demissão de milhares de trabalhadores. Tais fatos são negados na carta, que dá dados na ordem de 10% de taxa de penetração de aço estrangeiro no país, e demissões de menos de 10 mil trabalhadores nos últimos 24 meses, enquanto os setores representados tiveram mais de 750 mil demissões. Para conseguir empreender seu projeto, o setor metalúrgico está pleiteando junto ao governo federal uma elevação das alíquotas do sob o aço importado. Com isso, associações como a Associação Brasileira da Construção Metálica (Abicem), Associação Brasileira da Indústria de Tubos e Acessórios de Metais (Abitam), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) veem uma tentativa de elevar, artificialmente, os preços no mercado interno, resultando “no aumento de preços dos produtos que se utilizam do aço e consequente impacto na taxa de inflação”. O documento vê como “um duto golpe, e talvez fatal, na já combalida competitividade da indústria de transformação que se utiliza do aço para a produção de seus produtos”. Os impactos da elevação do custo do aço importado serão diversos, alcançando a construção de residências, eletrodomésticos, automóveis e outros produtos. As entidades que assinam o manifesto ainda apontam a necessidade de uma política industrial abrangente, capaz de eliminar as distorções do custo Brasil, juros altos e alta carga tributária, para reestabelecer a competitividade da economia brasileira. O texto foi composto em conjunto também pela Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer); Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee); Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros); Sindicato Nacional da Indústria de Treflação e Laminação de Metais Ferrosos (Sicetel); Sindicato da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre); Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP); Sindicato da Indústria de Parafusos, Porcas, Rebites e Similares no Estado de São Paulo (Sinpa); Associação Brasileira das Indústrias de Ferramentas e Abrasivos; Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças); Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic); e Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus). Matéria publicada em 23/12/2015 Fonte: Petronotícias // ABIFER

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