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Prédios históricos sofrem vandalismo e deterioram sem reformas em Franca

  • Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana
  • 5 de nov. de 2015
  • 2 min de leitura

Do G1 Ribeirão e Franca


Inaugurada na época do império, em 1887, a estação ferroviária de Franca (SP) teve papel importante no desenvolvimento do interior do estado. Desde fevereiro de 1977, no entanto, com a partida dos últimos trens de passageiros, o local ficou abandonado e tornou-se exemplo de descaso com a cultura e a história.


“Você passa à noite e vê um ambiente de tristeza, de total abandono. Moradores de rua usam as plataformas como abrigo. A estação está diretamente ligada à história do café. Ela foi construída fruto da produção cafeeira do século 19, mas poucos sabem disso”, diz o historiador Beto Monteiro.


Mas esse não é o único prédio histórico prejudicado pela ação do tempo e por atos de vandalismo. No Museu José Chiachiri, que já foi cadeia, Fórum, sede da Prefeitura e da Câmara Municipal, rachaduras e infiltrações ameaçam o acervo de 4 mil peças, incluindo relíquias da Revolução Constitucionalista de 1932 .


Ambos os imóveis são tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turístico (Condephat) de Franca, de acordo com decretos municipais assinados em agosto de 1997. Monteiro denuncia, entretanto, que os locais não recebem a manutenção devida por parte da Prefeitura.


Procurada pelo G1, a Prefeitura de Franca não se pronunciou sobre a manutenção dos prédios históricos até a publicação desta matéria.


Revitalização No caso do museu, a última reforma ocorreu há 30 anos, segundo o historiador. Já a antiga estação ferroviária só foi restaurada em 1939. Atualmente, funcionam no local um guichê de uma empresa de ônibus, um cartório eleitoral, uma biblioteca e uma sala do projeto "Acessa São Paulo."


Monteiro diz ter apresentado um projeto à Prefeitura para transformar o local em museus: ferroviário, com história do café, do setor calçadista, do time de basquete da cidade, além da implantação de um centro cultural, um auditório, um centro de exposições e uma biblioteca.


“O bairro Estação não possui auditório, museu, um centro de cultura para que as pessoas tenham acesso às informações sobre o patrimônio e a história do município. A estação está em completo abandono. Esse bairro parece que não existe para a administração”, reclama.


Um grupo de comerciantes da região também propõe a instalação de um mercado municipal no prédio da antiga estação. “Aqui seria um ponto ideal para isso. Tem acesso para todas as cidades vizinhas, todos os ônibus da cidade param na estação”, defende o vendedor José Baltazar Taveira, que trabalha há 30 anos no local.


Taveira afirma ainda que é necessário revitalizar uma praça que existe próxima à estação e construir banheiros públicos, devido ao alto fluxo de passageiros. “A gente vê o descaso da prefeitura não só com a gente, que é comerciante, mas com todos os usuários. Quanta gente passa aqui e vê essa estação abandonada desse jeito”, critica.

 
 
 

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